Quando temos diminuição da capacidade de enxergar, o primeiro pensamento que vem a nossa mente é: estou com um problema em meus olhos! Essa premissa, em grande parte das vezes está correta, porém a doença pode não estar localizada nos olhos.
Na verdade os nossos olhos são parte do mecanismo responsável pela visão. Após os raios luminosos atravessarem a córnea , o humor aquoso , a pupila, o cristalino e o humor vítreo, eles chegam à retina, onde os fotorreceptores transformam a imagem em estímulos elétricos, os quais são enviados ao cérebro através do nervo óptico. O cérebro interpreta as informações recebidas e as armazena na memória, de maneira semelhante ao banco de dados de um computador.
Dessa maneira, muitas vezes, a diminuição da acuidade visual, está relacionada a problemas no nervo óptico ou córtex cerebral. Nesse caso o paciente deve ser avaliado por um neuro-oftalmologista.
Neuro-oftalmologistas cuidam de problemas visuais que estão relacionados ao sistema nervoso, ou seja, problemas visuais que não se originam nos próprios olhos, mas que são manifestações oftalmológicas de doenças neurológicas. O ser humano usa quase a metade do cérebro para as atividades relacionadas com a visão, incluindo a movimentação dos olhos. Às vezes, o problema está confinado ao nervo óptico ou ao sistema nervoso e outras vezes, está relacionado a doenças sistêmicas.
Alguns dos problemas comuns avaliados pelo neuro-oftalmologista incluem: problemas de nervo óptico (como a neurite óptica e neuropatia óptica isquêmica), hipertensão intra-craniana idiopática (pseudotumor cerebral), perda de campo visual, perda visual inexplicada, perda visual transitória, distúrbios visuais, visão dupla, movimentos anormais dos olhos, doenças oculares relacionadas a problemas de tireóide, miastenia gravis, tamanho desigual da pupila, e anormalidades palpebrais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário